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Manuscrito de «Alice no País das Maravilhas» acessível na net
O manuscrito que deu origem a «Aventuras de Alice no País das Maravilhas» já está disponível na web, por iniciativa da British Library. O e-book usa um software que permite folhear as suas páginas virtuais.
«Alice's Adventures Under Ground» é o mais recente título disponibilizado pela British Library, na colecção de livros «Turning the Pages».
Falamos da versão virtual do manuscrito que daria origem a «Aventuras de Alice no País das Maravilhas», escrito e ilustrado por Lewis Carroll.
Construído em Flash, este pode ser manuseado quase como se fosse um exemplar em papel, já que o software utilizado permite que o leitor o folheie.
No fundo da página existem uma série de botões que facilitam a consulta do livro, entre as quais, um scroll que permite navegar pelas várias folhas; um botão que permite ampliar o texto e as 37 ilustrações do livro, até ao tamanho real, e um outro através do qual pode aceder à versão áudio, narrada pela actriz Miriam Margolyes.
Neste manuscrito existia ainda o primeiro esboço que Lewis Carroll fez de Alice Liddell, a sua musa inspiradora. O desenho a carvão baseava-se numa foto da menina de sete anos, mas, provavelmente desgostoso com o resultado, o autor optou por substitui-lo por uma fotografia de Alice.
O desenho só seria descoberto em 1977, escondido atrás da fotografia.
Para além desta obra, a colecção da Biblioteca Britânica inclui catorze livros e manuscritos raros, entre os quais alguns esboços de Leonardo Da Vinci; o «Diamond Sutra», o mais antigo livro impresso do mundo; o primeiro Atlas da Europa ou a «História da Inglaterra», de Jane Austen, entre outros.
O «Lindisfarne (The) Gospels» inaugurou esta colecção, tendo sido a primeira obra a ser digitalizada, em 1998. Trata-se de um Evangelho, famoso pela extrema qualidade decorativa das suas páginas, que é o tesouro artístico mais importante de Northumbria. Escrito entre 710 e 720, é uma obra de arte de impressão e um documento histórico e artístico de enorme valor.
Desde 1998 que o software que permite folhear virtualmente páginas, tornando os e-books mais «palpáveis», tem vindo a ser aperfeiçoado.
A tecnologia, amplamente elogiada e já premiada, permite que qualquer cibernauta tenha a sensação de que está a tocar numa obra que, de outra forma, estaria inacessível, escondida numa montra de vidro.